Qual a melhor forma de ensinar as crianças a diferenciar assédio e carinho? Inspirado no livro homônimo de Andrea Taubman, o jogo “Não me toca, seu boboca” aborda a temática do enfrentamento ao abuso e à violência sexual contra crianças e adolescentes.
O jogo segue a linha narrativa do livro, contando a história da coelha Ritoca, que percebe que seu novo vizinho não respeita seus direitos e seu corpo apesar de parecer bonzinho. A duração de cada jogada é em média de 25 minutos, indicado para crianças a partir de 5 anos, podendo participar de 1 a 6 jogadores.
Para Ruth Lima, gerente da ONG Visão Mundial, criadora do jogo em parceria com a Editora Aletria, “é importante falar na linguagem da criança, ensinando ela a se comunicar quando acontecer algum abuso”. Em 2020, mais de 95 mil denúncias de violência contra crianças e adolescentes foram registradas no país, número superior ao que foi contabilizado pelo Disque 100 em 2019 (86.800). Considerando um contexto de pandemia de covid-19 onde crianças passaram a conviver mais tempo com abusadores, dificultando a denúncia e possibilidade de identificação da violência sofrida, Ruth reforça que “assim como o livro, o jogo fala a língua da criança e abre portas que podem não ser abertas em uma conversa formal”.
“Não me toca, seu boboca” faz parte do Kit Contra o Abuso Sexual, um dos materiais desenvolvidos pelada Visão Mundial, voltado ao compromisso de proteção da infância e das famílias em situação de vulnerabilidade. O jogo também acompanha um guia para apoiar educadores com sugestões de atividades adicionais que potencializam o processo de aprendizagem a partir da lógica do tema contida no jogo.
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Fonte: https://lunetas.com.br/nao-me-toca-seu-boboca-jogo/
