Aprender a ler e a escrever é uma das grandes conquistas das crianças e, ao mesmo tempo, uma grande preocupação de pais e educadores. Devido à pandemia, essas aprendizagens se tornaram um tanto quanto mais desafiadoras, devido ao afastamento das crianças da rotina escolar presencial. O contato com os colegas faz falta, nem toda turma tem acesso de qualidade às atividades remotas…
Por outro lado, mesmo com dificuldades, é inegável que as crianças continuam se desenvolvendo no período em casa e é fundamental ter um olhar sensível para observar os avanços delas nas hipóteses de escrita. De volta à escola, ainda que poucos dias por semana, é mais importante do que nunca investir em atividades em que alunos com diferentes hipóteses trabalhem juntos – assim eles podem aprender uns com os outros e avançar.
O plano é um convite para as crianças construírem um jogo da memória personalizado e desafiador em que os pares são formados pela fotografia e pelo nome de cada um da turma. A escolha das fotos fica a seu cargo mas são as crianças que devem escrever os nomes no segundo cartão. Peças prontas? É hora do jogo! Relembrem as regras, combinem quem vai iniciar a brincadeira e qual será a ordem de participação. Em um primeiro momento, o dono do próprio nome pode ajudar os colegas a encontrar a carta que faz par, aprimorando a leitura do próprio nome e do nome dos demais.
Que tal levar para a escola brincadeiras que a criançada não conhece? Além de despertar curiosidade e vontade de experimentar, a proposta é um estímulo para o levantamento de hipóteses de leitura usando textos que expliquem como se brinca cada uma das atividades. Elabore um cartaz que acolha o nome da brincadeira, as regras, o passo a passo e as ilustrações (desenho, fotos ou esquema). Instigadas pela vontade de brincar, as crianças vão levantar hipóteses sobre o que está escrito e criar estratégias para chegar a um acordo coletivo sobre o que diz o texto.
Nas redes sociais, em sites, programas de televisão, jornais e revistas… As imagens muitas vezes tomam conta do espaço e chamam muito nossa atenção. Mas muitas vezes são as legendas as responsáveis por explicar o que vemos nas imagens ou então ampliar a gama de informação. Mesmo que ainda não alfabetizadas, muitas crianças já tiveram contato com esse tipo de texto. Que tal então se valer dele para desafiar a turma a ler e a interpretar um texto, explorando os elementos de uma fotografia que permitam contextualizar as informações da legenda? Depois, peça que os alunos escrevam legendas para outras fotos e observe quais informações eles levam em consideração para elaborar este pequeno texto.
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Algumas letras podem causar certa confusão para quem está em processo de alfabetização (e até mesmo para quem já está alfabetizado). Para encarar essa questão de forma divertida e estimular a participação da turma toda, uma proposta é verificar as dificuldades que os alunos apresentam na leitura de um poema com muitas palavras grafadas com as letras F e V. Depois, todos formam duplas – sendo formadas, preferencialmente, entre colegas que estejam em uma hipótese de leitura diferente) para jogar um bingo com palavras que possuam tais letras em posição inicial, medial e final.
Você tem alunos com dificuldades de identificar palavras escritas em letras de imprensa e cursiva? A proposta deste plano de atividades é ajudar a turma a conhecer os diferentes tipos de letra (bastão, imprensa e cursiva) e como acontece a ordenação de um texto. A sugestão é trabalhar e brincar com a cantiga de roda “Vamos brincar no bosque” para estimular a memória, a oralidade, a leitura e atenção de todos. Investigue se os alunos conseguem localizar uma mesma palavra grafada com diferentes tipos de letra e converse com eles sobre o contexto em que cada uma delas é mais utilizada.
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“Era uma casa muito engraçada/ Não tinha teto, não tinha nada”… Provavelmente, você leu esses versos no ritmo da música, ainda que tenha feito uma leitura silenciosa. Isso acontece quando já conhecemos a canção que acompanha a letra. A proposta da atividade é justamente essa: ler uma cantiga observando os versos, as estrofes e as rimas. Quando as crianças souberem a letra de cor, o professor poderá chamar atenção para o modo como o ritmo e a melodia também são partes essenciais da obra.
Piada também pode virar um assunto sério. Nesta aula, a ideia é lançar mão do o famoso “O que é, o que é?” para que as crianças notem e exercitem o uso de convenções ortográficas na modalidade escrita, como o uso de letras maiúsculas e minúsculas, a segmentação entre as palavras e a pontuação. Depois de ouvirem e contarem algumas anedotas, encaminhe os alunos para analisar uma piada escrita de forma correta e de forma incorreta (escrita com palavras aglutinadas ou com sinais de pontuação inseridos de forma inadequada, por exemplo). Será que a graça se mantém? O que é possível fazer para arrumar o texto?
8. Jogo dos cinco erros de pontuação
Indicado para: 2º ano EF
O objetivo da atividade é revisar o conhecimento da turma sobre os usos e as funcionalidades do ponto final, do ponto de interrogação e do ponto de exclamação. Para tal, você pode começar a aula retomando o conhecimento prévio das crianças sobre os sinais que serão trabalhados e depois incentivá-las a observar como a pontuação pode ajudar ou atrapalhar a compreensão de alguns textos escritos. No final, o importante é que as crianças tenham compreendido as funcionalidades de cada sinal e consigam justificar suas respostas no jogo de cinco erros.
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A proposta tem como foco trabalhar a fluência na leitura de poemas. Para chegar a esse objetivo, a sugestão é entregar o texto impresso para as crianças, pedir que elas pintem as palavras que têm dificuldade para ler ou não conhecem o significado Depois, com a turma reunida em grupos, dê início a um processo de investigação dos significados e das pronúncias. Ao longo da atividade, a meninada vai notar que ler com entonação adequada e respeitando a pontuação facilita muito a compreensão do poema.
Além de ensinar, é preciso estimular os alunos a ler e escrever de forma constante. Com essa proposta de atividade permanente, a ideia é justamente trabalhar com a turma na criação e no compartilhamento de textos desde o início do processo de alfabetização. A sugestão é que a aula aconteça a cada 15 dias e que a turma seja desafiada a pensar e a escrever sobre temas familiares. A dinâmica de produção acontece com um disparador da escrita e deve ser colocada em prática em pequenos grupos e socializada com a turma inteira e em outros espaços da escola.
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/20602/10-sugestoes-de-atividades-para-avancar-na-alfabetizacao