Muitos estudantes passam por problemas parecidos ao se prepararem para uma prova: pegam o livro, começam a leitura, mas a concentração não colabora. Ou, ainda, estudam na véspera, fazem o teste e, dias depois, já não se lembram de nada. É para driblar esses desafios que a pirâmide da aprendizagem pode ser usada.
Ela é uma teoria que visa à otimização na retenção dos conteúdos pelos alunos. Pode ser aplicada para qualquer idade, mas aqueles que se preparam para o Enem e vestibulares podem usufruir ainda mais de seus benefícios.
O conceito foi difundido por William Glasser, psiquiatra norte-americano que estudava a saúde mental, o comportamento humano e a educação. Suas pesquisas trouxeram uma mudança na visão do ensino, ao induzir mais autonomia ao estudante. O SEB (Sistema Educacional Brasileiro) explica como a pirâmide da aprendizagem funciona e como inseri-la na rotina de estudos.
A teoria apresenta uma nova e mais eficaz forma de aprender. O modelo tradicional é aquele expositivo, no qual o professor toma a iniciativa e ensina a matéria ao aluno que, sentado na cadeira, escuta tudo, passivamente. Já o modelo de Glasser faz parte das metodologias alternativas. A proposta é aumentar um pouco mais a participação desse estudante, a fim de que ele se torne mais ativo no seu próprio processo de aprendizagem.
Ela defende que a assimilação do conteúdo pode ser melhor, dependendo do modo como acontece o estudo. Quanto mais interativo, maior a fixação. Ou seja, os dias passam e a matéria continua fresquinha na cabeça.
Ao estudar em casa, a ideia é substituir, nesse momento, a tradicional leitura do texto por algo que otimize a concentração e a compreensão. O estudante pode contar com a ajuda da própria família ou de um grupo de colegas, a fim de que o processo gere melhores resultados.
A pirâmide de aprendizagem faz uma comparação entre os resultados obtidos na retenção da matéria, de acordo com a forma de estudar. Acontece da seguinte maneira:
Vantagens da pirâmide da aprendizagem
A maior vantagem desse recurso é fazer o aluno perceber que ele é o maior responsável pela sua aprendizagem. O modelo tradicional, do professor dando aula, não precisa ser deixado de lado, mas o aprendiz pode — e deve — complementar o processo com formas que colaboram para a apreensão das informações.
Na realidade atual, em que o adolescente é rodeado por inúmeras distrações, como smartphone, Netflix, videogames e redes sociais, é necessário encontrar meios que combatam tais estímulos. Esse método colabora com isso, ao tornar o estudante protagonista da sua evolução.
O resultado é um maior engajamento nos estudos. Como ele percebe estar entendendo e fixando a matéria, torna-se mais interessado e motivado em continuar nesse processo. Isso é mais relevante ainda no ensino nédio, já que os adolescentes necessitam de uma rotina de dedicação.
Uma dica é procurar por videoaulas no YouTube. Aqui o estudante “escuta e observa”, o que o ajuda a fixar por volta de 50% do conteúdo. Sabendo que jovens adoram passar horas entretidos, assistindo a influencers na internet, então é uma boa unir o útil ao agradável e incentivá-lo a ver aulas bem dinâmicas pelo YouTube.
Existem diversos canais e são muitos professores especializados, que passam conteúdos gratuitamente e de forma dinâmica. As aulas podem ser focadas nas matérias do ensino fundamental ou ensino nédio, dependendo do objetivo.