O Senado aprovou nesta terça-feira (25) o projeto que passa a considerar como objetivo da Política Nacional de Educação Ambiental o estímulo à participação de estudantes e da sociedade em geral em ações de prevenção às mudanças climáticas e seus efeitos (PL 6230/2023). Para isso sair do papel, as escolas e universidades, bem como meios de comunicação e empresas, por exemplo, deverão sensibilizar as pessoas a perceber riscos e vulnerabilidades a desastres socioambientais. O projeto segue para sanção presidencial.
O SENADO APROVOU UM PROJETO QUE ESTIMULA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL VOLTADA PARA O TEMA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DE UMA DE SUAS CONSEQUÊNCIAS, A PERDA DE BIODIVERSIDADE. UM DOS OBJETIVOS É DESENVOLVER HABILIDADES PARA QUE AS PESSOAS SAIBAM PERCEBER RISCOS E VULNERABILIDADES SOCIOAMBIENTAIS. A REPORTAGEM É DE ALEXANDRE CAMPOS:
O Plenário aprovou, nesta terça-feira, o projeto que passa a considerar como objetivo da Política Nacional de Educação Ambiental o estímulo à participação individual e coletiva nas ações de prevenção às mudanças climáticas e suas consequências imediatas, como a perda de biodiversisade.
A ideia é também fazer com que as pessoas e a sociedade desenvolvam habilidades para perceber riscos e vulnerabilidades a desastres socioambientais, seja na educação formal, nas escolas de ensino fundamental e médio e também no ensino superior, ou em espaços onde esses assuntos possam ser tratados de forma a sensibilizar a coletividade como um todo, como nos meios de comunicação e empresas. Outra meta do projeto é fazer com que a educação ambiental seja usada para tornar realidade os objetivos de diversos outros instrumentos legais relacionados ao meio ambiente, à biodiversidade e à proteção e defesa civil.
Durante a discussão da matéria em plenário, o senador Flávio Arns, do PSB do Paraná, citou as fortes chuvas que atingiram recentemente o Rio Grande do Sul e as queimadas no Pantanal como eventos que podem estar relacionados à mudança do clima no planeta. E isso, na opinião dele, reforça a necessidade de se discutir o assunto em sala de aula ou em outros espaços: (sen. Flávio Arns) “Então, a Política Nacional de Educação Ambiental, através do projeto, está sendo aprimorada para incluir tudo isto num debate interdisciplinar, um conteúdo que tem que ser abordado, para preparar a população e as pessoas para uma nova realidade. Eu até diria, como muitos usam, a expressão pro “novo normal”, que é essa dificuldade imensa que vem acontecendo. E não é só no Brasil. E nó mundo inteiro!”
O texto prevê ainda, na educação formal, que os projetos pedagógicos contemplem assuntos como prevenção às mudanças climáticas, meios para minimizar os seus efeitos e adaptação a um cenário em que isso não seja possível. A proposta segue agora para sanção presidencial. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.